@ leeh diz: Ela tinha tanto medo, mesmo não sabendo ao certo o que temia. Era como um castelo de cartas, quando você acha que tem o maior deles, ele simplesmente despenca, sem vento, sem nada. Ela se sentia sufocada, era como uma masoquista, sofria, mas aquele sofrimento a fazia se sentir em casa. Ela se entregara por completo. Vocês sabem, existem tres tipos de pessoas no mundo, as que se entregam, as que se aproveitam e as que simplesmente não se envolvem. Raramente alguem que se entrega se relaciona com outro alguem que se entrega também, ela sabia disso, sabia que Ele nunca iria ser dela metade do que ela era dele, mas ela não se importava, ter uma lasquinha dele era o paraíso perto de não ter nada . Ela não queria ser de mais ninguem, ela estava tão feliz com essas desventuras que sequer podia notar que a vida estava passando por ela, ela estava tão anestesiada. ''Como o amor pode ter tanto poder assim?'' - se perguntou enquanto olhava pro teto branco do seu quarto, do lado, na primeira gaveta uma foto dele impressa no maior tamanho guardavel possivel, chorou, não por não o ter contigo, o que acontecia com grande parte da dor do amor, mas por o ter de um jeito estranho. Lavou o rosto, tomou folego, ligou pra ele (o unico remédio que cessava sua dor temporariamente). Ja era ela de novo, ja era somente ele e ela mais uma vez! Por quanto tempo? Só Deus sabe.

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